Não me atires palavras amargas
quando os meus lábios se cerrarem e palavras de mel
não se cravarem na tua
pele.
Envenena-me...
pediste-me há muito tempo atrás
quando eras apenas mais um dia mesclado de cinzento.
Envenena-me...
peço-te eu secretamente todas as manhãs
quando o sol entra pela fresta da janela que eu me esqueci de fechar
e reparo que a cama está vazia,
que o meu corpo não descansou entrelaçado no teu;
que a tua boca ávida não me vai dar um beijo rápido e rotineiro
e o teu riso fazer-me rir.
Envenena-me, deixa-me pulsante de ti;
envenena-me quando a noite cair
e na madrugada soar a tua voz no meu ouvido.
Envenena-me quando eu estiver enlaçada em ti
mesmo que esteja tudo em silêncio
e que só se oiça a nossa respiração
compassada.
Dorme comigo esta noite.
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