Derrama lágrima de lânguida
Dor. O mar levou-te os pedaços
Que te dão vida.
Tu, uma pobre concha abandonada
Na praia lusitana, descansas junto da duna.
Mas estás desprotegida.
Uns negros olhos te contemplam.
Vêem a tua beleza quebrada
E espalhada no areal.
Mas gostam de ti
E guardam-te na memória
Sem esquecer nenhum traço.
Derrama lágrimas de venenosa Dor,
Concha da praia. O vento já te espalhou;
Varreu os teus pedaços da areia quente.
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