segunda-feira, 19 de março de 2007

Derrama lágrima de lânguida
Dor. O mar levou-te os pedaços
Que te dão vida.

Tu, uma pobre concha abandonada
Na praia lusitana, descansas junto da duna.
Mas estás desprotegida.

Uns negros olhos te contemplam.
Vêem a tua beleza quebrada
E espalhada no areal.

Mas gostam de ti
E guardam-te na memória
Sem esquecer nenhum traço.

Derrama lágrimas de venenosa Dor,
Concha da praia. O vento já te espalhou;
Varreu os teus pedaços da areia quente.

Sem comentários: