domingo, 9 de setembro de 2007

É de noite. O silêncio impera no meu palácio.
O silêncio quebrou os espelhos
E as recordações;
Aniquilou sentimentos, afastou abraços
E deixou-me só, entregue à desilusão.

Há apenas o meu trono: tecido aveludado
Vermelho-sangue desbotado.
As jóias da minha coroa foram roubadas
E vendidas numa ruela de Crueldade.

E estou só no meu palácio a saborear o travo amargo
Do silêncio, a sentir a queimadura provocada pela lágrima,
A imaginar sombras nas minhas paredes reais.

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