Está a doer outra vez.
Progressiva, intensa e ferozmente.
Dói. Dói. Não pára de doer.
Não paro de recordar.
Dói ainda mais um sofrimento calado
E fingido.
Como dói olhar e não conseguir sequer
Encarar e disfarçar o ardente e recôndito
Sentimento.
Já não sei o que é dor.
A minha mão dói, o meu peito dói,
O meu frágil coração dói.
Tudo o que sou dói
Cada vez mais e não pára de doer
E magoar.
Não paro de sentir nem de abrir baús
De memórias vivas, marcas indeléveis
De felicidade.
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