terça-feira, 16 de setembro de 2008

Fogem-me as palavras quando as quero escrever.
Só se formam na minha cabeça desvanecendo-se em seguida.
Também elas me doem ao sair dos dedos.
Frustradas, ásperas.

Não conseguiram chegar ao coração.
Ficaram presas na garganta com o sentimento ferido,
Com o abandono e a dor de um adeus.

É como se tivesse o segredo mais bonito do mundo
E o tivesse perdido. Como se tivesse sido roubado
Ou esquecido.

E doem porque não querem gravar no papel
O fim e o desalento da solidão.

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