domingo, 18 de janeiro de 2009

Corpo

Sinto-me fraca e cansada.
Por não dormir. Por ter saído da cama porque senti frio.
Porque afinal o meu corpo lutou contra a minha mente
Todo o dia. Só fez uma pausa quando adormeci no sofá,
Morta de dor.

Mas em breve despertei porque a sala estava quente
E eu cheia de frio. Não sei quantas camisolas e agasalhos tinha.
Só sei que passei o dia cheia de frio.

A noite está a começar agora e já começo a ter frio.
Posso ter tomado dez ou vinte cafés que o efeito é contrário.
Tudo por causa do meu corpo contraído e fraco que não se alimentou
Do meu coração. Porque ele parou como pára um relógio numa hora
E num segundo qualquer.

Só não anotei a hora por causa do tic-tac do relógio.
Não gosto deles. Uso-os apenas quando o tempo está parado
E não me incomodam com aquele barulho constante.

O meu corpo quer fraquejar agora, mas não deixo.
Foi espancado até eu perder os sentidos e perder a alma
Numa rua que conheço. Mas arrastei-o pela cidade.
E ficou bem.

Só não sei onde perdi o coração.

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