domingo, 30 de março de 2008

E perco versos que pulsam dentro de mim
Porque a mão quer repousar.
Dói-me o corpo, a matéria é decadente.
Tenho sono e quero fechar os olhos.
A realidade supera-me, transcende-me, possui-me.
Não durmo porque penso.

Penso e peno. Não quero mais imaginar.
Abomino sofrimento por antecipação.
Mas sou Poeta. E o Poeta não pode abominar sentimentos
Nem perder versos porque tem sono.

Os versos estão no coração e na pele.
Tenho o corpo tatuado de emoções
Que disfarço com palavras.

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