terça-feira, 4 de março de 2008

Quando o crepúsculo chegar
E o relógio esboçar o sorriso
Das sete horas, o maestro
Cumprimentará o seu público.

Sorrindo, galante, para as mulheres;
Sorrido cumplicemente para os homens.
Sempre falso, fingido, impenetrável.
Eu estarei numa das cadeiras de veludo vermelho,
Semi-escondida, subtil e magoada.

O concerto começará e a minha dor
Acompanhará a música que ilumina a sala.
E a minha dor amparará o maestro de olhos profundos
E claros desejando ardentemente falar-lhe no final
E beijá-lo na face, jurando jamais ousar querê-lo.

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