Não há fotografias para as minhas mãos angustiadas rasgarem,
Não há retratos para arrancar da parede,
Não há cartas para queimar,
Não há objectos para atirar para o chão.
Há olhares clandestinos que se devem extinguir.
Há beijos para guardar em caixas velhas e empoeiradas,
Palavras que agora se confundem numa caixa de música
E que não são gritadas porque já não há corda.
Há uma tatuagem para arrancar.
A sangue-frio.
Há um coração para matar
Com uma faca afiada
Ou um punhal enferrujado.
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