domingo, 8 de março de 2009

Nunca me custou tanto descer uma rua.
Nem era pelo salto alto que ficava preso nos paralelos;
Não era pelo sol abrasador que me queimava a pele,
Não era pelo ventinho que me despenteava.

As pedras olhavam-se, sentindo pena dos meus passos errantes,
Chorando comigo por um caminho que jamais voltarei a fazer.
Eram poucos metros de rua. Suficientemente perto para chegar ao carro,
Suficientemente longe de mim.

Senti o sabor da terra molhada, fiquei com as mãos brilhantes quando caí.
E por acaso estava lá um homem. Compus-me. Os óculos de sol ainda escondem os meus olhos.

1 comentário:

Vânia disse...

ADOREI! xD *