Véu de areia fina
Que não me deixa ver a verdade
Que se apresenta diante dos meus olhos...
Eu não quero afastar esse véu.
Prefiro continuar a ter visões,
A ver sombras do deserto
Que simplesmente não existem.
Mas têm corpo, têm alma.
Mas têm essência.
Projecto-me,
Sou quem não sou.
E essa areia está de tal maneira
Impregnada em mim que é capaz
De me transformar numa escultura rude.
E assim permaneço.
Eu, o deserto, o sol abrasador,
As noites frias, o resistente camelo...
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