domingo, 17 de setembro de 2006

Reclusa Inocente

Tu, criança dos olhos de água,
Almejas sonhar tranquilamente
Com mundos encantados e sem dor.

Tu, criança matura, queres dar asas
Ao teu hemisfério de cores.
Mas ainda não podes.
O teu mundo é apenas preto e branco.

Estás presa dentro de uma frágil bolha de inveja.
Ninguém te ajuda.
O teu gesto meigo há muito se perdeu na linha
Doirada do horizonte.

Presa dentro da tua pátria.
Condenada a uma vida que não é tua.
Mas estás inocente.

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