Vidro. Milhões de grãos de areia.
Mas apenas vidro.
Não brilha.
Fabricado apenas porque é preciso.
O acto já está cravejado na essência.
Não é possível descodificar o reflexo
Do ser que se aproxima.
Não é possível ler os olhos marejados
De lágrimas, a testa enrugada,
a tremura das mãos delicadas.
Nada é possível.
Nada é seguro.
Nada é nada.
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