terça-feira, 14 de março de 2006

Almas vivas...


Almas vivas? Almas silenciadas pela vida? Almas negras? Almas turvas e sem sentido? O que têm em comum? Apenas a designação "almas". Na realidade, são todas diferentes.
Almas vivas... Nuvens de medo, nuvens de existência...
São sombras que mostram aquilo que não queremos ver. São o espelho das almas que possuímos dentro de uma só alma, dentro de um só corpo.
Assusta-nos. Mostram-nos a verdade dos factos e a mentira do conceito de ser humano.
Possuidoras da grandiosidade, possuidoras da luz que queima os nossos frágeis olhos. E os nossos olhos? Aqueles que traduzem o estado da nossa "alma". Olhos de água e amargura que visitam um ser, olhos doces e ternos que juram em falso. E porquê?
Apenas porque o ser humano se resume a um nada. Apenas porque o ser humano se resume a um tudo. Apenas porque estamos vivos e temos de conviver com os nossos fracassos e vitórias, aceitar a crítica e a hipocrisia da sociedade em que vivemos.
E porque, às vezes, mil palavras doces não significam nada se não forem sentidas e porque um gesto, por mais bonito que seja (aos olhos dos outros) não traduz a realidade de um mistério, de um enigma, de uma...alma.

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