domingo, 19 de março de 2006

Vida de papel

Lápis.Borracha.
Uma folha pura.
O artista procura o que não acha
Na imensidão da noite escura.

É banda desenhada.
É um esboço borratado.
É uma aspiração frustrada.
É o presente do passado.

Sem vida.
Sem movimento.
Sem guarida
Nm coração munido de desalento.

Rasgar aquela primeira folha.
Tentar novamente.
Fazer uma complicada escolha.
Sim, é dizer o que não se sente!

Oh! Onde está a perfeição?
O traço transformou-se em maldição!
Não se consegue apagar a sombra!
Não se consegue apagar a sombra!
E agora?

Rasgar mais uma folha?

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