No leito macio
Da noite fria
Repousa a Desilusão.
Nasceu com as flores silvestres
Que aromatizam a Natureza;
Cresceu com a ilusão de um
Dia sem chuva, sem nuvens.
Tornou-se independente.
Saiu do seu mundinho
De fantasmas e sonhos.
Encarou de frente a realidade.
E teve medo.
Pânico de sentir, pânico de viver.
E assim se desiludiu.
Vida madrasta que a acolhia!
O seu leito macio é o seu porto seguro.
Lá pode-se esconder do dia e da noite,
Do sol e da chuva que a querem
Completar.
No seu berço repousa calmamente.
Não sente, não vive.
2 comentários:
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