Quem sou eu?
Como me chamo?
Que idade tenho?
Qual é o meu sonho?
Qual é o meu maior receio?
Qual é a minha força?
Viagem? Sonho?
Eu escrevo mais uma página
No meu diário.
Consigo ler: "Hoje alguém me pediu para viajar no meu sonho".
"-Onde está o teu sonho?
-Procura-o! A viagem é tua!Eu sou apenas a tua guia!"
Confusão de cores, de pensamentos misturados
Com emoções que não vivi nem quero viver.
Vestígios de pessoas que cravaram a sua sepultura
No meu coração pequeno.
Lágrimas não derramadas na altura certa,
Gritos abafados pelo medo de ser eu,
Raivas que se escondem nos espaços mais recônditos.
Amarguras que explodem diariamente no meu interior.
Sorrisos de papelão,
Sorrisos amarelos,
Sorrisos francos e leais!
Ainda os conservo!
"-Cheguei ao fim! Ainda não descobri o teu sonho...
-Já calculava..."
Os sonhos não se mostram. Os sonhos vivem-se!
Mas o meu sonho é não ter sonhos!
Só assim posso aceitar a realidade,
Só assim posso cair nos meus locais frios
E sujar com o meu sangue as pedras brancas da calçada.
sábado, 29 de julho de 2006
Viajar no tempo...
Encontrei uma máquina invulgar.
Estava perdida.
Chamava-me desesperadamente.
Entrei nela. Era uma vez...
Era uma vez uma menina
Que acreditava em sonhos.
Vi uma garotinha pobre, triste.
Apenas o brilho no seu olhar
Denunciava a presença da quimera.
Era uma vez um petiz
Que vivia num planeta triste.
Vi um rapaz solitário,
Vi um local negro.
Vi um coração amargurado
Pelas loucuras do tempo.
Era uma vez um Príncipe
Que queria casar com uma princesa de olhos castanhos.
Vi um jovem e belo rapaz.
Educado, gentil. Contudo, difícil de contentar.
Todas as raparigas do reino tinham olhos azuis ou verdes
E ele queria casar com uma que tivesse olhos castanhos.
Sabia que ela era a sua "Outra parte"...
Era uma vez uma jovem
Que se magoava facilmente.
Vi alguém misterioso e que sofre calado.
Vi alguém que sorri para não carpir.
Vi uma jovem frágil e sem energias.
Era uma vez uma pequena aspirante a escritora
Que pensou em escrever acerca de uma máquina do tempo
E que acabou por colocar os seus sonhos de muitas vidas no papel!
Estava perdida.
Chamava-me desesperadamente.
Entrei nela. Era uma vez...
Era uma vez uma menina
Que acreditava em sonhos.
Vi uma garotinha pobre, triste.
Apenas o brilho no seu olhar
Denunciava a presença da quimera.
Era uma vez um petiz
Que vivia num planeta triste.
Vi um rapaz solitário,
Vi um local negro.
Vi um coração amargurado
Pelas loucuras do tempo.
Era uma vez um Príncipe
Que queria casar com uma princesa de olhos castanhos.
Vi um jovem e belo rapaz.
Educado, gentil. Contudo, difícil de contentar.
Todas as raparigas do reino tinham olhos azuis ou verdes
E ele queria casar com uma que tivesse olhos castanhos.
Sabia que ela era a sua "Outra parte"...
Era uma vez uma jovem
Que se magoava facilmente.
Vi alguém misterioso e que sofre calado.
Vi alguém que sorri para não carpir.
Vi uma jovem frágil e sem energias.
Era uma vez uma pequena aspirante a escritora
Que pensou em escrever acerca de uma máquina do tempo
E que acabou por colocar os seus sonhos de muitas vidas no papel!
Viajar...
Conheci alguém. Conheci um alguém que ninguém conhece. Decidi personificá-lo. Hoje, é meu amigo. É o prazer de viajar.
É um alguém curioso! Olhar bravo, de um brilho inolvidável! Carácter aventureiro, misterioso! Gosta de se sentar comigo a observar as estrelas de cada local que me mostra; diz que elas sorriem de forma diferente! E diz que sorriem quando eu sorrio! Fiquei espantada com tal revelação! Não sabia que podia encontrar alguém que me fizesse sentir tão especial! E logo eu...!
Aprendi a viajar! Aprendi a sentir o prazer de descobrir o desconhecido, saborear cada momento, sorver as energias concentradas no tempo e no espaço que me abriga.
Agora, tenho esse bichinho dentro de mim! Quero ver castelos góticos em cidades perdidas e imaginar príncipes de cavalos brancos e princesas adormecidas; quero ver cabanas no alto das montanhas e imaginar a humildade dos pastores que as habitam; quero conhecer rios e mares e sentir a água a arrepiar a minha pele morena. Quero viajar! Quero ir de avião, de carro ou comboio. Quero sentir o perigo. Quero ser eu!
E isto foi apenas um sonho... Esse alguém não existe e as estrelas não sorriem...
A violência dos sentimentos
Colisão do concreto com o abstracto.
Elementos antitéticos que se completam.
Pessoa versus sentimentos.
Pessoa versus a violência dos sentimentos.
Sim, os sentimentos são violentos.
Duros, implacáveis.
São gladiadores impiedosos e subtis.
Arrancam da Terra Mãe a raiz,
O caule, a folha, a flor e o próprio fruto.
Se os sentimentos fazem parte do ser humano,
Têm de possuir a violência,
A tendência para a destruição,
Porque o ser é assim.
Suga a energia que julga poderosa.
Quer mais e mais!
Como sempre,complementam-se!
Elementos antitéticos que se completam.
Pessoa versus sentimentos.
Pessoa versus a violência dos sentimentos.
Sim, os sentimentos são violentos.
Duros, implacáveis.
São gladiadores impiedosos e subtis.
Arrancam da Terra Mãe a raiz,
O caule, a folha, a flor e o próprio fruto.
Se os sentimentos fazem parte do ser humano,
Têm de possuir a violência,
A tendência para a destruição,
Porque o ser é assim.
Suga a energia que julga poderosa.
Quer mais e mais!
Como sempre,complementam-se!
quinta-feira, 27 de julho de 2006
Simplicidade dos sentimentos
Características que se encontram intrinsecamente ligadas-sentimentos e emoções. São simples, variáveis. Algo tão pequeno e tão grande. Alguns agradáveis e outros aterradores, mas todos fazem parte da essência que povoa o mundo... Todos se encontram nessa fórmula mágica chamada ser humano. Em quantidades diferentes e em ocasiões diferentes; em tempos e eras diferentes, em pessoas diferentes, em almas diferentes.
Porém, aquilo que parece complexo é simples. Cada coisa tem o seu lugar, o seu espaço no mundo. Cada coisa tem um significado, por mais pequeno que ele seja. Cada coisa tem o seu valor, o seu talento.
As emoções são complexas, os sentimentos simples. Temos tempo para amadurecer os sentimentos, para lhes tirar os espinhos que teimam em existir; com as emoções isso já não acontece! São demasiado rápidas, inexplicáveis. Surgem, do nada. Arrastam tudo consigo, trazem a loucura Fazem com que não sejamos capazes de pensar...
Tudo simples. Tudo perceptível. Porém, a visão não é o sentido mais apurado dos seres humanos...
Controlo dos sentimentos...
Eu quero controlar
Aquilo que sinto
Sem me poder controlar.
Eu quero ser o centro.
Eu quero ser o porto seguro.
Eu quero ser a mão
Que aperta a tua
Quando a tempestade
Ameaça separar-nos.
Eu controlo-te.
Eu não te controlo.
O quê?
Sentimentos? Vivências?
Histórias que passam por nós
Sem piedade e nos ferem.
Apenas lágrimas provocadas pela tortura
Que é não poder controlar os meus sentimentos.
Apenas sorrisos amarelecidos pela força do coração
Que, ferido, tenta resistir.
Dissimulo. Digo que não
Quando quero dizer sim.
Penso que tudo se encontra na minha concha protectora.
Mas a realidade é outra!
Tenho a concha partida, magoada.
A qualquer momento aquilo que me pertence me pode abandonar!
E depois? Será que ainda controlo coisa alguma?
Aquilo que sinto
Sem me poder controlar.
Eu quero ser o centro.
Eu quero ser o porto seguro.
Eu quero ser a mão
Que aperta a tua
Quando a tempestade
Ameaça separar-nos.
Eu controlo-te.
Eu não te controlo.
O quê?
Sentimentos? Vivências?
Histórias que passam por nós
Sem piedade e nos ferem.
Apenas lágrimas provocadas pela tortura
Que é não poder controlar os meus sentimentos.
Apenas sorrisos amarelecidos pela força do coração
Que, ferido, tenta resistir.
Dissimulo. Digo que não
Quando quero dizer sim.
Penso que tudo se encontra na minha concha protectora.
Mas a realidade é outra!
Tenho a concha partida, magoada.
A qualquer momento aquilo que me pertence me pode abandonar!
E depois? Será que ainda controlo coisa alguma?
Emoções e Sentimentos...
São barcos que fogem
Do vento forte.
São nuvens que carregam
O negro céu.
São emoções de momento.
São sentimentos que resistem
Ao travo amargo de uma força
Denominada tempo.
Eu sinto. Tu sentes.
É um nós escondido
Dentro de nós.
Um "tu" e um "eu".
Apenas ruínas de horrores,
Viagens pela época áurea
Da quimera.
E, no fim dos tempos,
O sentimento permanece
E a emoção voa...
Do vento forte.
São nuvens que carregam
O negro céu.
São emoções de momento.
São sentimentos que resistem
Ao travo amargo de uma força
Denominada tempo.
Eu sinto. Tu sentes.
É um nós escondido
Dentro de nós.
Um "tu" e um "eu".
Apenas ruínas de horrores,
Viagens pela época áurea
Da quimera.
E, no fim dos tempos,
O sentimento permanece
E a emoção voa...
domingo, 9 de julho de 2006
Os meus sentimentos...
Por onde vagueiam os meus sentimentos?
Por que becos escuros e desconhecidos se escondem?
Porquê?
São indiferença, egoísmo, impulsividade.
São noite escura e fria,
Natureza selvagem.
São amor, ternura, compreensão.
São dia quente e solarengo,
Natureza amena.
São pequenos pedaços de quimeras.
São vestígios de um ser...
Salpicos de tinta fresca na branca tela...
Por que becos escuros e desconhecidos se escondem?
Porquê?
São indiferença, egoísmo, impulsividade.
São noite escura e fria,
Natureza selvagem.
São amor, ternura, compreensão.
São dia quente e solarengo,
Natureza amena.
São pequenos pedaços de quimeras.
São vestígios de um ser...
Salpicos de tinta fresca na branca tela...
Os meus sentimentos...
Sentimentos? Os meus sentimentos? Porquê os meus? São tão meus, tão diferentes de todos os outros. São paradoxais, enigmáticos, misteriosos. São raiva e ódio, mas também paixão avassaladora e saudade. São ruínas de utopias, fragmentos de cristais, cinzas...
Muitos poderiam dizer que são apenas os sentimentos de uma pessoa que existe no mundo; muitos outros diriam que são os sentimentos de alguém que conhecem. E eu? O que digo acerca dos meus sentimentos?
Eles andam à deriva; enfraquecem a cada dia que passa. A água gelada é implacável. Não sei se quero entrar para sempre nas profundezas do oceano ou se quero encontrar o pequeno salva-vidas...
Os meus incríveis sentimentos gostavam de encontrar uma estrelinha-do-mar que os ajudasse a enfrentar o passado que vem à tona, viver o presente que os torna amargos, esperar pelo futuro misterioso que se avizinha. São bastante poderosos. Quase invencíveis. Possuem o meu olhar como forma de manifestação exterior. Revelam-no paulatinamente... Prolongam o tempo... Conseguem desvanecer o brilho...
Talvez os meus sentimentos sejam uma metáfora daquilo que sou. Talvez sejam as mãos que me amparam, que me deixam cair, que me fazem chorar e rir...
Sentimentos de culpa...
Pequenas tempestades violentas
Encharcam o ser.
Tal intensidade fustiga
O mais doce querer.
São tantas! Tão fortes,
Tão estranhas.
Peculiares.
Queimam, matam.
Sentimentos de culpa, vários.
Não apenas um, mas sim
Vários fantasmas.
Uma loucura espalhada em
Várias loucuras.
Decadência,
Volúpia.
Emoção da morte.
Encharcam o ser.
Tal intensidade fustiga
O mais doce querer.
São tantas! Tão fortes,
Tão estranhas.
Peculiares.
Queimam, matam.
Sentimentos de culpa, vários.
Não apenas um, mas sim
Vários fantasmas.
Uma loucura espalhada em
Várias loucuras.
Decadência,
Volúpia.
Emoção da morte.
sábado, 8 de julho de 2006
Sentimentos Ocultos...
Leve nevoeiro...
Graça divina.
É com ele que partilha
O esconderijo dos bens mais preciosos...
Lá, naquele lugar calmo, afastado
De tudo e de todos repousam
Os seus sentimentos.
Sentimentos ocultos
Extraídos de uma alma marcada
Pelo tempo, pela sombra.
Raiva, paixão, amor.
Ódio, esperança, rancor.
Indiferença, impulsividade.
Todos juntos na gruta escondida
Nas profundezas de um lugar.
São seus. Apenas a neblina
Tem permissão para os ver,
Para os tocar,
Ler os seus olhos habituados à escuridão...
São seus, de mais ninguém.
Posse, ciúme.
Entrega, complementaridade.
Graça divina.
É com ele que partilha
O esconderijo dos bens mais preciosos...
Lá, naquele lugar calmo, afastado
De tudo e de todos repousam
Os seus sentimentos.
Sentimentos ocultos
Extraídos de uma alma marcada
Pelo tempo, pela sombra.
Raiva, paixão, amor.
Ódio, esperança, rancor.
Indiferença, impulsividade.
Todos juntos na gruta escondida
Nas profundezas de um lugar.
São seus. Apenas a neblina
Tem permissão para os ver,
Para os tocar,
Ler os seus olhos habituados à escuridão...
São seus, de mais ninguém.
Posse, ciúme.
Entrega, complementaridade.
Onde pára a Lealdade?
Lealdade, onde estás?
Lealdade?
És tu?
Vem comigo, conta-me a tua história!
"Fugi de tudo e de todos...
Ninguém me respeita.
Todos me ignoram.
Não posso viver assim.
Já não sei o que é sentir a brisa,
Os raios do astro rei...
Já não sou eu!"
Quem te deixou assim tão triste?
Quem apagou o teu sorriso?
"Tu, todos.
Até eu própria!"
Para onde vais?
"Não sei. Não tenho rumo.
Quero continuar a fugir de ti,
De todos..."
Lealdade?
És tu?
Vem comigo, conta-me a tua história!
"Fugi de tudo e de todos...
Ninguém me respeita.
Todos me ignoram.
Não posso viver assim.
Já não sei o que é sentir a brisa,
Os raios do astro rei...
Já não sou eu!"
Quem te deixou assim tão triste?
Quem apagou o teu sorriso?
"Tu, todos.
Até eu própria!"
Para onde vais?
"Não sei. Não tenho rumo.
Quero continuar a fugir de ti,
De todos..."
Se tu fosses leal...
Se tu fosses leal, deixaria que
O teu aroma adocicado se espalhasse em mim...
Seria feliz contigo,
Não teria medo de me perder em ti...
Se tu fosses leal, o meu sorriso
Seria o teu sorriso.
A minha voz seria a tua voz.
Se tu fosses leal, eu seria tua.
Se tu fosses leal, eu não teria
De recorrer às palavras
Para chegar ao teu ser...
Se tu fosses leal, saberias ler o meu olhar...
Se tu fosses leal, não serias tu!
O teu aroma adocicado se espalhasse em mim...
Seria feliz contigo,
Não teria medo de me perder em ti...
Se tu fosses leal, o meu sorriso
Seria o teu sorriso.
A minha voz seria a tua voz.
Se tu fosses leal, eu seria tua.
Se tu fosses leal, eu não teria
De recorrer às palavras
Para chegar ao teu ser...
Se tu fosses leal, saberias ler o meu olhar...
Se tu fosses leal, não serias tu!
Na imensidão da Lealdade...
Tanta gente a tenta encontrar! Tanta gente a quer possuir violentamente! Tanta...! Todavia, a meiga Liberdade esquiva-se... Não quer pertencer a ninguém; apenas quer estar em cada um e em todos. Quer sentir que pode compartilhar as horas amargas, quer sentir que o amargo gume da faca da traição nunca rasgará os sentimentos do corpo em que se encontra...
Tão insegura, tão frágil... Imensa, mas frágil... Mostra-se forte, tem medo que alguém se lembre de a despir, de a ver no seu estado natural... Tem medo de errar, de querer demasiado... Tem medo de se magoar quando o "depois" chegar de mansinho e a acordar com os primeiros raios de sol que enfeitam as mais belas manhãs...
Na imensidão da Lealdade todos se perdem... Quem decide aceitá-la até ao último minuto de luz vê-se obrigado a esquecer o resto, a cumprir as regras do jogo... Nem todos o conseguem. Não se perdem totalmente, não se entregam... E a pobre Lealdade chora sem parar... E ninguém pode reverter o jogo...
Esfera de Lealdade...
O que procuras?
Um ponto de partida?
Queres seguir um rumo?
Queres chegar ao centro da tua esfera?
O que tens dentro de ti, Lealdade?
Fragmentos de fantasias?
Ruínas de sonhos felizes?
O brilho de olhos doces?
És o quê?
Quem te criou?
Quem te ampara?
Estás presente em mim?
Ou será que também me abandonaste?
Um ponto de partida?
Queres seguir um rumo?
Queres chegar ao centro da tua esfera?
O que tens dentro de ti, Lealdade?
Fragmentos de fantasias?
Ruínas de sonhos felizes?
O brilho de olhos doces?
És o quê?
Quem te criou?
Quem te ampara?
Estás presente em mim?
Ou será que também me abandonaste?
Livre Lealdade..
No teu mundo de mistério
Desfrutas de ti própria.
Não precisas de te explicar,
És tu e só tu.
Livre Lealdade, os teus sonhos
Esvoaçam no calor de uma palavra
Calada pela brisa que serena o
Teu olhar terno.
És um pássaro pronto para voar,
Para crescer, viver...
Morrer...
Um dia não estarás aqui.
Não terás formas,
Mas terás um espírito livre...
E serás eterna...em ti!
Desfrutas de ti própria.
Não precisas de te explicar,
És tu e só tu.
Livre Lealdade, os teus sonhos
Esvoaçam no calor de uma palavra
Calada pela brisa que serena o
Teu olhar terno.
És um pássaro pronto para voar,
Para crescer, viver...
Morrer...
Um dia não estarás aqui.
Não terás formas,
Mas terás um espírito livre...
E serás eterna...em ti!
Lealdade no mundo...
É estranho falar sobre a lealdade no mundo. Afinal, ela quase não existe. Ser leal é, neste mundo, defeito de cada indivíduo que existe. E porquê? Porque há o conceito "Os fins justificam os meios"; porque as pessoas conduzem o barco conforme aquilo que lhes dá mais jeito. Não respeitam o vento forte que se faz sentir; por vezes tornam-no mais feroz e aterrador...
A Lealdade está escondida nos becos onde dormem sem-abrigo. Eles são a sua companhia. Partilham as noites frias que os perseguem, partilham o lado escuro do ser humano, o lado podre da vida. E tudo isto porque a Lealdade já não é bem-vinda. Foi escorraçada pelos milhares de euros que circulam, pelos Srs. Cidadãos Super Ambiciosos que apenas querem mais e mais...
Porém, ainda a Lealdade não abandonou definitivamente o mundo luminoso e bonito em que vivemos. Pelo menos deixou vestígios... Um olhar amistoso, um ser verdadeiro (é difícil de encontrar, mas...), um sorriso franco, um gesto de compreensão...
E assim vive a Lealdade. Vive no mundo e no seu mundo. Só e sozinha. O seu retrato desaparece a cada minuto que passa... Os seus traços deixam de ser visíveis...
E o futuro?
Olhos leais...
O que vejo nos teus olhos?
O que vejo apenas nos teus olhos?
Vejo a Lealdade docemente cravada,
Vejo a esperança,
Vejo a força encontrada
No teu sorriso de criança.
Olhos meigos, verdadeiros.
Olhar doce, espontâneo.
Eram esses olhos que procurava
Quando viajava nos trilhos da mentira.
São esses olhos que suportam tudo aquilo
Em que ainda acredito.
E aquilo que possuis é único.
És pedra preciosa rara.
És brilho, segurança.
Olhos leais...
Olhar verdadeiro demais
No mundo da vingança...
O que vejo apenas nos teus olhos?
Vejo a Lealdade docemente cravada,
Vejo a esperança,
Vejo a força encontrada
No teu sorriso de criança.
Olhos meigos, verdadeiros.
Olhar doce, espontâneo.
Eram esses olhos que procurava
Quando viajava nos trilhos da mentira.
São esses olhos que suportam tudo aquilo
Em que ainda acredito.
E aquilo que possuis é único.
És pedra preciosa rara.
És brilho, segurança.
Olhos leais...
Olhar verdadeiro demais
No mundo da vingança...
quinta-feira, 6 de julho de 2006
Desilusão...
Onde está a Desilusão? Quem a viu? Quem precisa dela? Quem a quer? Quem a escuta? Eu ou tu? Porque não ele?
Será que ela é triste? Será que também chora? Será que murmura a verdade naqueles que ataca? Será que também se desilude?
Onde está? Será oca? Será plena de força ou será frágil como a areia que completa o mar azul?
Desilusão, és tu? Podes falar comigo? Podes ouvir aquilo que te quero dizer? Queres que te escute? Queres que te ampare? Queres que afague o teu cabelo? Queres que te faça mil e uma promessas? Queres que te siga? Queres que te queira? Queres que precise de ti? Queres-me levar à loucura? Queres que sofra? Queres que me afogue no mar da verdade ou no mar da mentira?
Para que me quer ela? Porque é que desapareceu sem deixar rasto?
Desilusão, fugiste? Porquê? Tens medo de mim? Tens medo de me magoar? Tens medo de mim? Queres que tenha medo de ti? Queres que não te enfrente? Queres que te odeie? O que queres?
Porque foges?
Alma desiludida
Alma negra.
Impávida e serena
Observa quem a destruiu:
A Desilusão!
Alma sombria.
Rasteja nos fragmentos de
Saudade.
Percorre quem a destruiu:
A Desilusão!
Alma desiludida.
Não sabe quem procura.
Apenas a luz que a cercava
Não existe!
Ré: Desilusão...!
Impávida e serena
Observa quem a destruiu:
A Desilusão!
Alma sombria.
Rasteja nos fragmentos de
Saudade.
Percorre quem a destruiu:
A Desilusão!
Alma desiludida.
Não sabe quem procura.
Apenas a luz que a cercava
Não existe!
Ré: Desilusão...!
O Silêncio da Desilusão...
Nos olhos marejados de
Lágrimas vive o silêncio.
Olhos tristes e mortiços
Devido à perigosa Desilusão!
Ela, senhora dos infernos
Que destroem sonhos e fantasias!
Maldita mestra do mal
Que traz o vazio e a dor.
Afasta o brilho.
Sussurra o medo,
Tortura almas frágeis e sombrias...
Não há fala. Não há voz.
Apenas silêncio...
O silêncio da Desilusão...
Lágrimas vive o silêncio.
Olhos tristes e mortiços
Devido à perigosa Desilusão!
Ela, senhora dos infernos
Que destroem sonhos e fantasias!
Maldita mestra do mal
Que traz o vazio e a dor.
Afasta o brilho.
Sussurra o medo,
Tortura almas frágeis e sombrias...
Não há fala. Não há voz.
Apenas silêncio...
O silêncio da Desilusão...
Berço da Desilusão...
No leito macio
Da noite fria
Repousa a Desilusão.
Nasceu com as flores silvestres
Que aromatizam a Natureza;
Cresceu com a ilusão de um
Dia sem chuva, sem nuvens.
Tornou-se independente.
Saiu do seu mundinho
De fantasmas e sonhos.
Encarou de frente a realidade.
E teve medo.
Pânico de sentir, pânico de viver.
E assim se desiludiu.
Vida madrasta que a acolhia!
O seu leito macio é o seu porto seguro.
Lá pode-se esconder do dia e da noite,
Do sol e da chuva que a querem
Completar.
No seu berço repousa calmamente.
Não sente, não vive.
Da noite fria
Repousa a Desilusão.
Nasceu com as flores silvestres
Que aromatizam a Natureza;
Cresceu com a ilusão de um
Dia sem chuva, sem nuvens.
Tornou-se independente.
Saiu do seu mundinho
De fantasmas e sonhos.
Encarou de frente a realidade.
E teve medo.
Pânico de sentir, pânico de viver.
E assim se desiludiu.
Vida madrasta que a acolhia!
O seu leito macio é o seu porto seguro.
Lá pode-se esconder do dia e da noite,
Do sol e da chuva que a querem
Completar.
No seu berço repousa calmamente.
Não sente, não vive.
segunda-feira, 3 de julho de 2006
Tudo em ti é desilusão...
Dia 13. Dia fatídico. Dia da desilusão. Dia da perda.
Foi nesse dia em que te conheci verdadeiramente; em que vi que o sorriso que me dirigias não passava de um mero sorriso, apenas uma cortesia; em que descobri que as palavras doces que me sussurravas na quente madrugada não são mais que meras palavras que não têm significado; em que desnudei o teu ser e vi que não é mais do que um corpo perfeito e delicioso capaz de me levar à loucura, mas que cobre uma alma vã.
Tudo em ti é desilusão. Os teus olhos brilhantes eram um disfarce, o teu aroma fresco não existe, o teu gesto cavalheiro é apenas um truque, o teu sorriso é um engenho, as tuas mãos são garras; afinal, os teus olhos são cruéis e mortiços, o teu aroma não tem cheiro, o teu gesto é bruto, o teu sorriso é falso, as tuas mãos magoam.
Tu és uma desilusão. Enganaste-me, feriste-me e queres que te continue a sorrir.Traíste a minha confiança e queres que te conte os meus segredos. Não quero conviver com a desilusão, não quero a mentira nem a fúria.
A paixão que incendiava dois seres transformou-se no fumo de uma fogueira que se extingue quando a aurora chega; os ósculos arrebatadores, sedentos de vida já não existem...
Desilusão Camuflada...
Onde te escondes?
Por que palácios de encantamento
Perdes o teu sapato de cristal?
Tentas passar despercebida.Porquê?
Tentas ocultar a tua natureza. Porquê?
Queres ser o que não és. Porquê?
Queres conquistar o que não tens. Porquê?
És a Desilusão.
Senhora que desfaz os castelos
De sonhos e que os transforma
Em nuvens de lembranças.
És a Desilusão.
Escondes-te de ti própria.
És a Desilusão.
Não te encontras.
És a Desilusão.
Abraças um espírito que não o teu.
És a Desilusão.
Destróis uma alma que não a tua.
Por que palácios de encantamento
Perdes o teu sapato de cristal?
Tentas passar despercebida.Porquê?
Tentas ocultar a tua natureza. Porquê?
Queres ser o que não és. Porquê?
Queres conquistar o que não tens. Porquê?
És a Desilusão.
Senhora que desfaz os castelos
De sonhos e que os transforma
Em nuvens de lembranças.
És a Desilusão.
Escondes-te de ti própria.
És a Desilusão.
Não te encontras.
És a Desilusão.
Abraças um espírito que não o teu.
És a Desilusão.
Destróis uma alma que não a tua.
Doce desilusão...
A doçura do teu fel
Invade-me, possui-me,
Leva-me à loucura.
És simples desilusão.
Apenas uma sensação
No seu pleno estado de vida...
Aconchegas-me nas noites frias
E despidas de emoção
Que teimam em queimar
O meu corpo inquieto.
Iludes o teu pranto sereno,
Amargas o mel divino...
És doce, és tu.
És amarga, és o que sou.
Invade-me, possui-me,
Leva-me à loucura.
És simples desilusão.
Apenas uma sensação
No seu pleno estado de vida...
Aconchegas-me nas noites frias
E despidas de emoção
Que teimam em queimar
O meu corpo inquieto.
Iludes o teu pranto sereno,
Amargas o mel divino...
És doce, és tu.
És amarga, és o que sou.
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