Vi. Observei. De seu trono celestial caíam pedaços de amizade, gotas de medo do oceano profundo, lágrimas de desespero por não saber alcançar a luz mais brilhante. Nos seus olhos bailava o fantasma da incerteza, acompanhando o ritmo ora lento ora acelerado de uma existência jamais vivida, jamais sentida, jamais idealizada.
A incerteza e o medo abraçavam a escuridão taciturna que apagava a beleza das flores, afastava os pássaros alegres e destruía qualquer vestígio de claridade. Só a noite marcava presença; só a solidão de uma floresta esquecida no tempo dos Homens vincava a sua presença.
Ela flutuava por entre frondosos carvalhos, perseguia as estrelas, tentava trilhar o seu rumo, mas ainda não encontrara a paz necessária, andando, por isso, em círculos. Buscava a felicidade sorvendo todas as gotas do orvalho da madrugada, colhendo todas as marcas de esperança, alegria, segurança, força, verdade. Contudo, não conseguia.
Vi. Observei. Já conhecia a sua singularidade primaveril que desperta as sensações mais profundas no dourado Outono que, entretanto, marcara presença. Vi as folhas das árvores a cair lentamente, sem direcção, apenas saboreando o frio vento. Observei o seu olhar triste e encantador que fora apagado pela áspera chuva que tentava acariciar a sua face.
Vi. Observei. Senti a incerteza que a possuía, que a tornava fraca e, simultaneamente, forte. Observei o suave murchar da fénix que deixara de existir.
Esperei. Vi. Observei que essa mesma fénix renasceu das cinzas e pude acompanhar o seu crescimento.
E, tal como na Natureza, as incertezas da Bau bau cumpriram o seu ciclo...
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