Um condado pequeno
E humilde que combateu
Arduamente para ser pleno
De liberdade e esquecer o breu...
Um costume, uma tradição.
Um ritual de uma tribo selvagem
Que traçou a sua direcção
No pedaço de uma desfocada imagem.
As serras floridas, os rios cristalinos,
A Natureza no estado puro,
O sol pensativo, os montes virgens,
As flores aromatizadas...
O reinado das damas e dos cavalheiros,
Dos senhores e dos esforçados camponeses,
A ostentação de Sua Alteza Real,
A passividade das princesas...
A sedução do passado...
O hoje. O agora.
Já não há princípes nem princesas.
A coroa de diamantes de outrora
Transformou-se numa de espinhos vingativos.
A pobreza aldraba a riqueza,
Partilhando a dor da saudade...
Tudo se cria. Tudo se destrói.
O Homem na sua plenitude:
É o caçador e a caça...
E o mundo contemporâneo assim gira.
Ora chove, ora o sol inunda as ruínas
De uma civilização que continua a sua autodestruição.
As nuvens pairam, o vento sopra em todas as direcções.
Meio mundo tenta enganar outro meio.
Assim não dá. A miséria, a fome, a falta de valores,
O consumismo, a inexistência das palavras...
A tentativa de ressuscitar a tradição,
Colocando-a em primeiro plano...
(E como diz um poeta,
"já gastámos as palavras".)
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