Não posso.
Não quero.
Não consigo.
Não consigo ser mais rápido
A esquecer o que me magoa.
Apenas não consigo ser indiferente
Ao meu passado, ao meu futuro.
Nas minhas veias esconde-se o fantasma da destruição.
Quero saciar esta fome de vingança de tudo e de todos,
Apagar o que de cruel me fizeram e apenas
Recomeçar.
Quero vaguear nas estrelas
E sentir a luz da lua a iluminar o meu caminho.
Quero beber cada gota de chuva,
Sorrir para cada raio de sol.
Não consigo mais rápido a desfazer-me das minhas memórias.
Apenas não encontrei a chave para fechar de vez o meu pesado baú.
Almejo murmurar nomes conhecidos pela última vez
E arrancá-los definitivamente do caderno amarelecido da minha existência.
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