De uma negritude maravilhosa,
De um espaço tão denso e sedutor.
Movem-se aquelas minhas sombras na escuridão.
Movem-se. Acompanham o ritmo da Natureza.
Pérfidas, cruéis. Minuciosas, perspicazes.
Bailam na brisa forte, mudam o rumo das marés.
Arrancam o fruto ainda verde das delicadas flores.
Sombras que me confundem.
Não sei de quem são...
(Se é que pertencem alguém...)
Arrancam pedaços de mim com lâminas afiadas.
Já não sinto dor.
Também eu sou uma sombra na escuridão...
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