Se eu fosse a dona do mundo, não seria ninguém. Estaria demasiado ocupada a tentar agradar a todos, a resolver os problemas criados pelos meus inquilinos...
Se eu fosse a dona do mundo, teria muito trabalho: teria de cuidar pessoalmente de todas as minhas aromáticas flores, arrancar as ervas que cruzassem o seu caminho; teria de falar com o sol e com a lua para que se entendessem; teria de criar mais estrelas para poder colocar sorrisos nos pequenos e nos grandes. Se eu fosse a dona do mundo, o meu dia não teria vinte e quatro horas, as minhas noites seriam passadas em claro, os meus dias seriam incríveis e diferentes.
Se eu fosse a dona do mundo, acabaria com o sofrimento que existe nele; erradicaria o Mal e colocaria anjos da guarda junto de todos os meus inquilinos...
Se, se, se. Afinal, o mundo é feito de certezas e "ses". É feito de nadas, de manhãs bonitas e manhãs tristes; noites estreladas e noites em que os gritos aterrorizam os espaços. Afinal, o mundo é feito de escolhas e sacrifícios, dúvidas e lamentos. Em todos os locais e com todas as pessoas: diferentes actores e, consequentemente, personagens; diferentes cenas e actos. Todavia, um mesmo argumentista e realizador. É famoso, reconhecido por todos; não tem descanso- o Mundo...
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