terça-feira, 31 de outubro de 2006

Última noite

Não haverá outra igual!
Nunca mais!
Não haverá chuva de estrelas como aquela que nos acolheu
Em seus braços protectores.

Os violinos não dançarão no mesmo compasso,
A brisa não soprará com tanta leveza.
Os passos não se enquadrarão naquele nosso espaço.
Não, meu amor.
Não.

E na inconstância dos afectos, aquela noite foi celebrada.
Na imprevisibilidade do momento,
Na loucura do pensamento
E na certeza do sentimento, querido.

Foi a nossa última noite.
Agora eu estou sentada no frio chão
A carpir as mágoas e desejar a noite que não volta.

Agora tu estás dentro de ti a encontrar um rumo,
Misterioso, subtil...como sempre.
Não te conheço de outra forma.

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