terça-feira, 31 de outubro de 2006

Último anjo

Trago no meu peito o teu anel.
Está preso a mim.
Não pode uma vida acabar aqui.
Um anjo subiu aos céus.

As lágrimas que os meus olhos ferem
Não ferem mais que o coração.
Mas ele pesa. A dor é tão grande.
Insuportável, divina.

Sou eu, meu Anjo, merecedora deste Bem e deste Mal?
Terrena sou e a mais não aspiro ser.
Trago no meu peito o teu anel.
Bem perto da minha pele.

Anjo meu, que velas o meu descanso,
Suplico-te! Volta para mim!
Não me deixes entregue ao ferro ferrugento
Que aqui habita.

Volta.

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