Quantas vezes vou olhar para o meu retrato?
Quantas vezes vou ver o passado através dele?
Serei eu capaz de exorcizar os fantasmas que pairam naquela tela?
Expressão impenetrável.
Olhos atentos, discretos,
De uma cor de terra negra.
Mão delicada pousada na perna.
Unhas vermelho sangue.
Dor e prazer.
Postura correcta, perfeita.
Quase celestial.
Apenas um retrato.
Pequeno fragmento de realidade.
Dissimulado com a preciosa ajuda das tonalidades que o preenchem.
Presa nele, só nele.
Apenas nele.
Será nele?
1 comentário:
Estou demasiado cansada para perceber este poema. Amanhã volto cá para ler com atenção. A propósito, por que idade andas?
Enviar um comentário