terça-feira, 31 de outubro de 2006

Última paragem...

Sabes, este é o meu último poiso.
Já não tenho idade para continuar o meu rumo.
Estou cansada. Muito cansada.
Não tenho forças.

Antes, era vivaz! Percorria os trilhos do desconhecido
Com uma sagaz vontade de viver.
Era a sonhadora do Mundo.
Abraçava a noite como quem brilha no seu próprio êxtase!

Hoje sou um farrapo humano.
Mas tenho memórias.
Curiosas memórias. Tristes memórias.
Mas mesmo a memória me falha.
E caio no vazio do esquecimento.

Este assento etéreo é a minha última paragem.
Aqui tentarei recuperar a alma...
O corpo já não tem solução...

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