quinta-feira, 8 de junho de 2006

Relógio Parado...

Na imensidão das horas,
Que correm iguais,
Um simples relógio feito de agoras
Não resistiu aos ferimentos fatais
Do tempo que o devora...

Os pequenos minutos e segundos
Choram copiosamente...
Arrastam a mágoa da perda
Por entre os ponteiros da melancolia...

A dor, essa, atravessou a plenitude
Do ser, da vida.
Instalou-se na sombra do sofrimento...
Camuflou-se de angelicais afectos.

Mas, por entre o tumultuoso caminho da morte,
O tempo permanece frio, racional.
Observa cada relógio que irá parar;
Calcula cada dor que irá provocar...

Calcula cada mágoa que ele próprio
Irá sentir...
Mas nada faz.
É este o destino...

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