sexta-feira, 9 de junho de 2006

Tempo...

Tempo: principal inimigo do coração, mas o melhor aliado da razão. Esconde-se nas rugas faciais que espelham a vida, faz com que a jovem semente cresça e dê fruto.
O tempo tem uma personalidade própria: quando se sente triste, oferece-nos cascatas de dor; quando está alegre, a luz ilumina-nos o rosto; quando está zangado, grita; quando está inquieto, sopra...
É um espelho de contrastes que quase ninguém percebe. Está presente em todas as coisas, irrita quase todos. Por vezes, lento e preguiçoso... Outras vezes, veloz e impiedoso... É ele o equilíbrio, a calma.
Falar do próprio tempo é difícil. Ninguém imagina as derrotas que ele próprio já sofreu, apesar de racional; todos o condenam, porque não lhes dá aquilo que querem. E o paciente tempo sofre calado a dor que o dilacera durante a escuridão profunda do seu amanhecer... Pobre tempo! Tão misterioso, subtil, majestoso...
Para muitos é "o" tempo; para muitos outros é apenas "tempo"... Mas, para muito poucos, é "um" tempo...
Esses poucos seres acreditam na existência de vários tempos, acreditam na possibilidade de viver em diferentes épocas... Mas, o tempo corre da mesma forma para todos sendo "o" tempo, "tempo" ou apenas "um" tempo...

Sem comentários: