Eu queria escrever sobre João.
Mas as palavras custam a sair do coração.
A mão pesa quando agarra a caneta.
A tinta é rastro de sangue, dor.
Na mente a imagem desfocada.
Eu era pequena.
Mas grande também.
Tenho o aroma guardado,
O sorriso.
Tenho os longos passeios na praia guardados em todo o ser.
Memória ou talvez ainda realidade.
Dá-me a mão. Não, não é legítimo proferir tais palavras.
Nunca a largaste.
E esse retrato, preso no tempo eu que parámos, mas que continuamos a viver,
Não se desgasta.
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