segunda-feira, 17 de abril de 2006

Altar do Silêncio...

Nenhum som. Todos os sons. Cânticos divinos entoados pelos anjos que habitam o céu. Loirinho, olhos azuis e cristalinos, sorriso estampado no rosto. Está em silêncio, mas está presente. O seu altar é a alma que guarda. O seu altar ilumina-se quando sente aquele ser que está a proteger. Não precisa de um espaço físico, concreto. O mundo do invisível e do abstracto é a sua casa. As suas asas são fortes, afáveis.
O ser que protege não dá pela sua presença. Mas sente que precisa do silêncio do seu templo, do seu local sagrado de oração. O ser não se sente completo se não for invadido pelo silêncio num plano concreto. O seu altar tem alicerces, tem cimento, telhas, tintas, imagens. O ser que está a ser protegido precisa de ver para acreditar, para se sentir bem com as suas escolhas.
O anjo loiro e de olhos cor de mar está sereno. Também ele teve uma existência no plano terreno; agora elevou-se... Está num plano superior... Está feliz.
O seu altar divino está ornamentado com as mais ricas coisas: amor, paz, calma, ternura.
Agora sente-se completo. Agora percebeu a sua missão.
Está pronto para abraçar alguém que está no mundo em que outrora viveu.
É um anjo que emana luz..., a luz divina...

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