quarta-feira, 26 de abril de 2006

Deserto de ideias...

Uma grande extensão de areia e pouca vida é suficiente para executar as súplicas da Mãe Natureza: a imaginação sem fronteiras ou limites; o ir mais além, a ânsia de viver...
Os grãos de areia são os fragmentos das ideias que surgiram ao longo do tempo, dos projectos inacabados e daqueles que fracassaram, dos projectos vencedores e daqueles que fizeram história. Os grãos de areia complementam-se: a mistura de cores e texturas, o tamanho, a sua história de vida... O oásis é o objectivo, é o projecto final... É o tesouro que está escondido na lentidão e na pressa do deserto; o camelo anseia por o encontrar e beber sofregamente a sua água fresca e cristalina, ou seja, deseja usufruir das regalias a que tem direito depois de percorrer a sua rota e encontrar o rumo correcto.
Num deserto de ideias, tudo está em contacto. Cada coisa tem o seu valor e prestígio, cada coisa é essencial à sobrevivência da outra. Cada dia que passa é uma vitória, uma etapa concluída, um chegar mais perto do destino e daquilo que ele deseja. Cada raio de sol é uma bênção; a chuva rara que o assola é uma dádiva dos céus que o observam... E a ideia começa a transformar-se em algo concreto, quiçá palpável... A ideia desenvolveu-se devido à multiplicidade de opiniões e pontos de vista... A ideia é o deserto... A ideia é o conjunto de tudo o que nele existe...

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