Já não sei se o choro
Que me suga a alma
É reflexo do que não tenho.
Não sei se o que me preenche
São notas soltas, perdidas
Enquanto o Poeta tocava flauta
Na imensidão agreste do campo.
Já não sei se choro
Porque nada mais tenho a dizer,
Porque já não sinto
E já não desejo.
Não tenho alma, não tenho sonho.
Quis o nada para nada ter;
Estou no nada e o sofrimento daí provém.
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