domingo, 25 de fevereiro de 2007

Tenho tanto para dizer, mas as palavras não me ajudam.
Correm lentamente nas minhas veias, deslumbram-se
No meu coração e morrem em meus dedos.
Sorrio-lhes. Eu percebo-as. Também elas querem falar
E não podem; também elas querem sentir e a minha mão
Não permite.

Também eu quero sentir, mas ele não me deixa.
Quero falar, mas a minha voz perde-se no silêncio.
Sorriso vago, o lápis já não quer escrever.

E o Céu apresenta-se como dádiva.
Subirei pelo cordão de ouro que o meu anjo
Me oferece e repousarei junto dele.

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