quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Vermelho

Nos teus lençóis de seda vermelha me envolveste.
Aquele dia desvairado, aquela tarde que nos acolheu.
Não havia tempo nem espaço.
Tudo era silêncio.

Usava um lenço vermelho
Que te deixei e com ele deixei o perfume da minha pele
Cravado na tua.
O meu desejo é o teu.
A minha boca é a tua.

Guardo ainda naquele livro as rosas que me deste.
Gosto de as contemplar quando o pensamento voa
E o olhar se acende.

Gosto deste nosso contraste.
E não tirei o anel de brilhantes.

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