domingo, 19 de novembro de 2006

Flor morta

A flor morreu. A flor não resistiu aos dias de chuva forte.
A flor não desistiu. A flor tentou perdoar.
A flor morreu por culpa da palavra cruel
Escrita por essa mão gelada e insensível.

Hoje, celebras a vitória, a tua vitória!
Brindas à morte da flor que era tua - e que sou eu!
Ris cruelmente dos versos que te fiz,
Das palavras doces que do meu ser brotaram.

Hoje é o dia da minha derrota. Um dia feio, chuvoso.
Um dia amargo, pesaroso. Este dia nunca mais acaba.
A lágrima que agora acaricia a minha face compadece-se
Da dor que o meu coração carpe.

Mas amanhã estarei no chão. E lá, esperarei serenamente
Por uma mão dócil e preocupada que me protegerá
E voltará a plantar a minha semente.

Hoje estou morta, não o nego. Hoje estou presa no cárcere
Do meu ousado e utópico sentimento.
Amanhã estarei no renovado chão.
Amanhã esperarei por alguém.

E durante muitos amanhãs crescerei.
Experiente, ferida (ainda..!), indiferente a ti.
Eu sei que me vais querer colher de novo.
E tentarás aprisionar-me.
Pedir-me-ás uma resposta.
E eu, magoada, dir-te-ei: "Talvez te responda".

1 comentário:

Anónimo disse...

'Talvez te responda', qe frase. Lembra-te qe antes de tudo, gostas de ti, e não pode ser isso qe te vai deixar em baixo. É normal estares triste agora, não digo qe nao chores, nao digo pa nao pensares nisso, pq é impossivel. Tenta retirar daí um ensinamento.
Agora tens de ser forte. Tomar a vacina da frieza e força, com urgencia. Um beijo de uma amiga qe está aqi, sempre qe for preciso.