Não és a minha fonte de inspiração.
E nem eu sei qual é ela.
Não és perfeito,
Não és ideal para mim.
Mas por alguma razão que desconhecemos,
Eu retrato-me em ti!
Não queria! Não queria!
Singularidade de tons outonais,
Contraste de encarnados.
Sangue, carne.
Olhar fugidio - o meu e o teu.
Olha para mim. Olha para dentro do meu olhar e vê o reflexo do teu.
Naquela tarde de Outono - sempre o Outono... - eu fui tua
E tu foste meu.
Naquele abraço suave que me prendeu nos teus braços
E me fez acreditar no delírio que os nossos corpos - o nosso corpo - sofreu.
Retrato as tonalidades azuis que brilharam na nossa tarde.
Recordo o metal, o toque, o contacto.
A minha mão na tua.
A minha boca desejosa, impaciente por beijar a tua.
Sem comentários:
Enviar um comentário