domingo, 12 de novembro de 2006

Intuição camuflada

Eu e tu.Tu e eu.
Não há um nós, apesar de viveres comigo e dentro de mim.
Apenas passeias a meu lado. Já não te deixo invadir o meu
Pequeno e ordinário mundo.
A tua existência resume-se a uma sombra daquilo em que acreditava;
Já não preciso de ti e tu já não precisas de mim.

De tuas mãos brancas me foi dado a beber aquele veneno
Cujo antídoto ainda não descobri. Invadiste o meu corpo.
Morro a cada dia que passa. E por tua culpa!
E por minha culpa! Eu confiei em ti!

Qual será a minha sorte? Apenas esperarei pacientemente
A morte no frio leito que me acolhe?
Apenas continuarei a viver contigo sem te escutar?
Não sei.

Agora já não sei se ainda em mim existes ou se estás apenas camuflada.
Não sei se dissimulas ou se realmente desapareceste.
Só sei que eu não recuperei e que tu destruíste aquilo que de belo em mim existia.

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