sábado, 25 de novembro de 2006

Sem sentidos

Onde estou? Não vejo nada, não escuto nada a não ser a voz da minha mente.
Não toco nada, não sinto o frio nem o quente. Não saboreio, não sinto o aroma!
Onde estou? Não distingo o amargo chocolate do doce fel da minha existência!
Onde estou? Não tenho sentidos!

A minha incauta pele não sente a seda que a tua mão revela.
Meus olhos ardentes fecham-se quando oiço a tua voz quente.
Já não tenho sentidos.
Nem aquele frio que me persegue quer ficar em mim!

Onde estou? Não vejo, não sinto, não escuto.
As palavras que a tua boca saboreia não deliciam a minha alma nem o meu coração.
São apenas palavras.
Eu preciso de sentir outra vez!

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