Olho para o teu retrato e uma vontade
De chorar e sorrir invade o meu rosto triste.
Não estás, é verdade.
Tu não estás e eu choro.
Choro todos os dias ao olhar para o teu retrato.
Expressão subtil, não sei qual a cor dos olhos,
Não sei qual a cor do cabelo.
Parece cinza. Um cinza raro.
Não sei qual é a cor do fato que usas - azul, penso que é azul-,
Não sei em que pensavas - seria em mim? -,
Não sei.
Só sei que a dor me dilacera naquelas noites em que, sozinha,
Em frente ao teu retrato - e contigo - a minha mágoa tira o véu
Casto e singular que a cobre.
E ali estou. Só. À tua frente. Completamente nua de sentimentos outros.
Só a magoa, a dor e eu.
Sim, e tu!
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