segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Não escondi o teu retrato

Juro que não fui eu.
Mas perdoa-me.
Imploro-te!
Não fui eu que escondi o teu retrato.

Eu não te quero esquecer nem apagar aquilo que és.
Não tenho razão para esconder o teu retrato.
Um retrato a carvão, indefinido.
Eu não me quero esconder de ti.

Não quero perder esse aroma extasiante,
Quero viver nesse nosso delírio que é nosso.
Não quero perder o porto seguro que me abraça
Todas as madrugadas.

Juro, não fui eu que escondi o teu retrato.
Não te esqueço. Ñão matei aquilo que temos vivido.
Ontem e hoje, mesmo longe.

Nao, meu querido, não escondi o teu retrato.
Também eu faço parte dele, de ti.
Não me quero esconder daquilo que sinto.
Hoje tenho a certeza disso. Amanhã não sei.

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