domingo, 12 de novembro de 2006

Flor

Lembras-te de quando preenchias o meu dia com flores coloridas?
De quando sugavas o néctar divino e mo davas?
Eu lembro-me de todos os nossos momentos mágicos no bosque dos sonhos.
Eu lembro-me, eu conservo o aroma da flor que me deste quando pegaste na minha mão
E deixaste que os teus olhos de mel dissessem tudo o que a tua tímida boca queria esconder.

Aquela flor que hoje guardo no meio do livro das nossas memórias.
Nunca mais o abri. Nunca mais o folheei. Nunca mais li uma só palavra
Que me fizesse lembrar da nossa história.
A nossa essência é sagrada.

Aquela flor escondida no livro que relata a nossa história.
Meu amor, ela terminou.
Choramos a perda, o final do caminho.

Não temos o fruto sumarento na nossa vida,
Tê-lo-emos na nossa morte.
Aí já não existirão lembranças.
Apenas existirá a flor.

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