domingo, 31 de dezembro de 2006

Eu não preciso

Eu não precisei de passar para o papel
Aquilo que senti durante estes dias.
Tal vazio me preenchia,
Tal esperança me preenchia
Que fiquei sem palavras,
Sem sangue a correr nas veias da imaginação.

Apenas sonhava com palavras que um dia me irias dizer.
Acreditava que tudo iria mudar.
Acreditava que tu irias mudar outra vez.

Olha o que nos fizeste!
Destruíste o encanto, o sonho,
A vida, tiraste-nos o ar puro que um dia respirámos.

Eu não preciso da tua indiferença nem do teu passado.
Nunca precisei. Sabe-lo bem!
Eu não preciso que geles o meu sangue
De cada vez que proferes palavras insensíveis.

Eu não preciso das tuas mãos más
Que me apertam o inocente pescoço.
Eu não preciso dessas tuas mãos repugnantes
Que me queimam quando me tocam.

Sem comentários: