Hoje escrevo sobre um nada que nem sequer existe.
Não sei porque escrevo. Será dom? Será talento?
Será necessidade?
Hoje escrevo sobre algo indefinido, tal como eu!
Hoje ele fez com que eu perdesse o meu rumo
E agora estou perdida.
Ouço a chuva a bater na vidraça, o seu toque intenso
E bruto. Ele fez-me o mesmo.
Hoje escrevo porque o quero, mas não o amo.
O amor constrói-se. Ele só me deixa ruínas
De um sentimento que não o nosso!
Hoje escrevo porque entre nós o silêncio é mais forte.
Hoje escrevo porque choro sem derramar uma lágrima.
E porque meu coração já não existe.
Tenho veneno dentro de mim.
Já não vivo, agonizo esperando a misericórdia dele.
Mas ele é cruel. Ele nunca sentirá compaixão nem dó
Nem piedade. Ele vive o momento.
Ele não me pertence porque eu tenho medo do hoje e ele receia o amanhã.
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