domingo, 31 de dezembro de 2006

Ponto de interrogação

Naquela noite em que me sentei no mesmo sítio,
Senti os mesmos odores, olhei as mesmas coisas
E proferi "acabou", perguntei-me tantas vezes
Se não poderíamos ter sido felizes juntos...

Não encontrei respostas nas parede frias que me rodeavam
Nem no inocente ser que me confortou.
Lamentei que a nossa relação tivesse terminado assim.
Mas não lamento nem nunca lamentarei ter-me dado a ti.

Meu Amor... Estas palavras não se aplicam mais a ti.
Talvez tenha sido pretensão minha ou talvez ilusão,
Mas nem tu podes negar a nossa "história".

Estou confusa! Não sei o que escrever e nem sei se é isto que quero transmitir!
Estou nervosa e feliz por ter colocado o meu amor num baú e o ter fechado a sete chaves
Para depois o guardar no fundo do coração.
Ainda é estranho! Estava tão habituada a ti, meu Amor!

(Perdoa-me. Não resisti em tratar-te assim pela última vez)

A pergunta está nas tuas mãos. A resposta também.
Eu perdi a memória. Não sei nada e não conheço ninguém.
Agora vou recomeçar.

Vou reconstruir o meu ninho com pauzinhos e folhas.
Vou elevar os meus sonhos para os deixar tombar
Mais uma, duas, três vezes!
Vou pintar o meu céu com novas cores e voltar a colocar
Os meus afáveis pedaços de algodão branco.
Vou voltar a ter um céu estrelado acalentado pelo brilho de uns olhos belos e desconhecidos!

1 comentário:

Rekoa Meton disse...

Disseram-me que era melhor passar um risco por cima sem esquecer o que está escrito em vez de começar tudo de novo. Em boa verdade, viciei-me nessa ilusão de se poder apagar tudo quando se faz asneira.
Ahhh, prontos, ando aqui às voltas, mas essencialmente é isto: está muito bonito. XD