sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Refugiando-me de ti

O tempo passa e tu não chegas;
O tempo pára e tu não chegas;
Olho para aquela porta e tu não chegas.
Volto a olhar e tu não chegas.

Naquela noite deixaste-me voar para depois me roubares as frágeis asas.
Naquela noite deixaste-me a desejar a ternura dos olhos teus.
Olhei para a porta e tu não chegaste.

Não sei o que aconteceu e hoje não o quero saber.
Não sei se lamentaste não me ter visto
Ou se sorriste.
Será que esboçaste aquele teu sorriso de satisfação fingida?

O que nos aconteceu? Seremos, de facto, nós?
Eu quero fugir de ti prendendo-me a ti.
Eu não quero sofrer desta paixão que me amarra brutalmente a ti.
Preciso de encontrar um recanto secreto.
Preciso de um espaço meu.
Assim vivo: refugiando-me de ti e querendo-te junto a mim...

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