Hoje preciso de mim.
Escrevi-te aquela maldita carta.
Nunca a irás entender.
Quero-te! Porquê?
Hoje deixaste-me cair na poeira dos meus baús,
Pintaste de um negro assombroso as paredes das minhas nuvens,
Destruíste os sonhos meus e teus
Através da tua arma preferida: o silêncio.
Mas eu não chorei. Mas eu nem sequer gritei.
Eu não reagi.
Voltei a cair na poça de sangue cristalino a teus pés.
Hoje preciso de sorver essas gotas amargas
Que cruelmente me dás a beber.
Ofereces-me uma taça de prata,
Um líquido que é tido como precioso.
E é só.
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