quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Refúgio da alma

Aqui jaz meu corpo frágil,
Vagabundo de mim,
Amante daquilo que sou.

Aqui jaz meu corpo inerte,
Fraco. É um no meio de muitos.
Não tem um abrigo, a chuva intensa fere-o,
Mesmo estando morto.

Mas a minha alma junto dele repousa.
Brilha, eleva-se nos céus negros
Rodeados de corvos sagazes.
Mas minha alma junto dele habita!
Desce agora ao refúgio que a acolheu
Quando a madrugada a ofuscou com os seus raios de sol pálidos.

Aqui jazem meu corpo e minha alma.
São dois elementos, são um só elemento,
Uma só matéria, uma só esperança.

E é aqui, neste local frio e pouco iluminado,
Que tudo o que sou morre e se completa.

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