domingo, 31 de dezembro de 2006

Preciso

Preciso de te escrever uma carta, meu Amor.
Infelizmente não leste os meus olhos,
Precisas de ler as minhas palavras doces.

Meu Amor, não quero falar de flores nem de dias solarengos de Primavera.
Não quero sequer saber em que mês estamos ou que dia é hoje;
Não preciso que me digas se acordaste com um sorriso.

Preciso de te confessar através destas meras palavras
Aquilo que já tantas vezes te disse em silêncio.
Conheci-te, encantaste-me, conquistaste-me.
Sempre gostei do teu gesto delicado e da firmeza do teu olhar,
Da maneira como me olhas naquelas tardes povoadas de um céu cinzento,
Do azul ou do vermelho que tanto gostas.
Preciso de te confessar que me enlouqueceste, que te quis, que te procurei.
Sempre gostei dos teus jogos de silêncio, dos amuos fingidos, da recente inquietude em ti,
Das tuas paixões, das tuas mudanças, das tuas palavras meigas.
Preciso de te confessar que te amei, mas que nunca o quis dizer.

Preciso agora de te dizer adeus.
Preciso de te deixar um beijo e um sorriso.

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