sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Refúgio na solidão

Tenho um nó na garganta. Quero falar e não consigo!
Dói-me o peito! Como dói! Quero sentir e não posso!
Dói-me a alma! Quero ser e não sou!

Mas dói-me mais ainda esta noite em que me abandonas.
Passas por mim e rejeitas aquilo que o meu olhar inocente
Tenta, em vão, dizer-te!

Estou tão só! Tão só!
Queria encontrar um país pequenino,
Onde os sonhos são flores e as ruínas deles
Pedacinhos de nuvens que desaparecem quando o sol brilha!

Estou tão só! Preciso de água, de luz, de vento, de cuidado!
Não consigo crescer com todas estas ervas daninhas à minha volta!
Quero-me refugiar na minha semente!

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