Ontem não escrevi com medo que as minhas palavras
Fossem meros conjuntos de letras.
Ontem não escrevi porque a minha mão pesava
E porque o meu coração estava oco.
Ontem não escrevi por dó do meu estado de inquietude.
Os meus olhos não quiseram ler palavras belas
Nem descodificar enigmas escondidos nelas.
Ontem não escrevi porque não resisti à dor de não o ter.
Ontem não escrevi porque chorei desalmadamente.
E ontem perdi-me e voltei a encontrar-me
No simples acorde de uma viola.
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